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5/09/2015
Alemães buscam parcerias com médias empresas catarinenses
05 de setembro de 2015
Grupo de oito companhias alemãs da região da Bavária foi um dos destaques na Feira e Congresso de Tecnologia, Máquinas, Equipamentos, Automação e Serviços para a Indústria Metalmecânica (Intermach 2015) que se encerrou ontem, na Expoville, em Joinville.
Executivos dessas empresas, que são de alta tecnologia e a maioria de médio porte, ficaram satisfeitos com os negócios encaminhados apesar da crise enfrentada pelo Brasil. Mas o diretor-executivo do escritório brasileiro da Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas (VDMA), Thomas Ayres Ulbrich, afirmou que o país tem poucas empresas de porte médio.
– Na Alemanha, 80% das empresas de médio porte têm até 200 empregados. Nós estamos com problemas para achar empresas que tenham o mesmo porte no Brasil. Ou são muito pequenas ou são muito grandes. Aqui no Sul há mais empresas de médio porte do que em outras regiões do país – disse Ulbrich, que também vai participar do Encontro Empresarial Brasil-Alemanha, que será do dia 20 a 22 deste mês, também em Joinville.
A propósito, a falta de médias empresas no Brasil ocorre em função do modelo tributário do Simples, que não incentiva o crescimento das empresas. E os alemães não são os primeiros a levantar o problema.
Conforme Kai Walliser, diretor de feiras comerciais da Bayern International, algumas expositoras já têm representação no Brasil, outras vieram pela primeira vez. A participação na Intermach foi para desbravar mercados, oportunidades, explicou Wolfgang Lott, executivo da Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas (VDMA) ao destacar que o objetivo é o longo prazo.
De acordo com Ulbrich, a crise brasileira está afetando os negócios este ano. As vendas de fabricantes de máquinas alemãs caíram de 30% a 50% no Brasil. A expectativa é de que a situação vai melhorar em 2017, afirmou ele.
Participaram do espaço da Bayern International as empresas Lubricus Sololube Gruetzner, Haimer, PuK , Open Mind,Otto Klobe & Sohn, Steinbichler,Vischer & Bolli e Weiler.
O mais caro do mundo
As dificuldades para fazer negócios no Brasil, nos últimos anos, não surpreendem os alemães. Ulbrich contou que o escritório aberto pela VDMA em São Paulo, em 2013, foi o mais caro frente aos custos em outros países. A entidade abriu também unidades no Japão, China, Índia e Rússia. O preço do Brasil superou os demais.
Investimentos
O Brasil sempre foi um grande mercado e destino de investimentos de empresas alemãs. A maioria está concentrada em São Paulo. São mais de 200 indústrias naquele Estado.
– A cidade industrial mais forte da Alemanha é São Paulo – brinca Ulbrich.
Em Munique
No jantar oferecido pela comitiva da Bavária quinta, em Joinville, o secretário Carlos Adauto Virmond sugeriu a realização de um seminário em alemão na cidade de Munique para divulgar SC na Alemanha. O objetivo será atrair empresários bávaros para visitar o Estado em 2016, ampliando os efeitos do Encontro Brasil-Alemanha.
Na foto acima, o cônsul honorário da Alemanha em Joinville, Rodrigo Meyer Bornholdt (a partir da esqueda); diretor da VDMA da Bavária, Wolfgang Lott; cônsul da Alemanha em Porto Alegre, Robert Strnadl; prefeito de Joinville Udo Döhler; diretor de feiras da Bayern International, Kai Walliser;Thomas Ulbrich, diretor da VDMA no Brasil e o secretário de Estado de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond.
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Certificado
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Dr. Rodrigo Meyer
Bornholdt
Cônsul Honorário
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