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Poderia ter sido Luiz. Mas foi Luiz Henrique. Poderia ter sido apenas um excelente advogado. Mas foi o homem público mais brilhante e competente que Santa Catarina teve nos últimos anos. Desde os tempos em que morava na pensão da D. Iris Volkl, em Joinville, até quando foi o principal ocupante da Casa da Agronômica, seu caráter sempre foi o mesmo. Tive o primeiro contato com o senador Luiz Henrique em 1969. Eu no último ano da faculdade de Direito da UFPR, em Curitiba, e Luiz Henrique atuando na advocacia em Joinville. Entre os clientes, muitos de Jaraguá do Sul. Max, disse ele, você não quer vir trabalhar comigo e abrir uma filial do escritório em Jaraguá? Aceitei a proposta e, alguns dias depois, no automóvel DKW (pronunciava-se DKV) branco de Luiz Henrique, fomos juntos a Jaraguá para instalar o escritório. Em fevereiro de 1970, junto com meus familiares e também com Eliane, minha então noiva, Luiz Henrique e Ivete já participavam da minha solenidade de formatura em Curitiba. Do nosso primeiro encontro, em 1969, nasceu uma sólida e inabalável amizade que, ao longo do tempo, foi se fortalecendo. E, em 1971, fomos padrinhos de Marcia, e Luiz Henrique e Ivete, os padrinhos do nosso filho mais velho, Rodrigo.
Embora nos últimos anos não atuássemos mais juntos na vida pública, era difícil passar mais de uma semana sem nos falar. E todos os nossos encontros eram muito agradáveis, pois Luiz Henrique tinha uma característica especial: sua inteligência, seu contagiante entusiasmo, sua cultura geral, sua memória prodigiosa e seu bom humor, que, facilmente, desanuviavam qualquer ambiente. Em Florianópolis ou em Brasília, todas as portas se abriam para ele, e todos os pleitos ficavam mais fáceis de serem atendidos pela simples presença do senador.
Outro assunto que não deixava de ser incluído na nossa conversa era seu amor pela família: dona Ivete, Claudio, Fabiana e filhos e Marcia e seu filho Arthur, primeiro neto de LHS. Sei que, para a família, a perda foi irreparável, assim como foi, também, para seus amigos e correligionários. Para mim, particularmente, perdi meu amigo, meu irmão mais velho, meu conselheiro de todas as horas. Mas fica o consolo: Luiz Henrique fica como exemplo de homem público correto e competente. Cumpriu, e muito bem, sua missão. “É o amor, não a razão, que é mais forte do que a morte”, Thomas Mann.
MAX ROBERTO BORNHOLDT
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